Trajetória da diretora pelotense Maria Helena Lopes será debatida na Sala Qorpo Santo, em Porto Alegre

Sergio Lulkin, que vai participar do debate, e Marco Fronchetti em "Reis Vagabundos" (1982) — foto: Sergio Amon

  A vida e a obra da diretora teatral gaúcha Maria Helena Lopes serão o tema de um debate que será realizado no dia 10 de dezembro, quarta-feira, às 10h, na Sala Qorpo Santo no Campus Central da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110 — Farroupilha, Porto Alegre). Participarão do bate-papo a escritora e historiadora Juliana Wolkmer e o ator Sergio Lulkin, que integrou o Grupo Tear. Em pauta, estarão temas como a história das mulheres, a direção teatral feminina e a importância dos acervos de teatro como espaços de memória e resistência. Será o último encontro do projeto, que já teve edições na UFPel, em Pelotas, UFSM, em Santa Maria, e UERGS, na capital. A entrada será gratuita. 

   Maria Helena Lopes nasceu em Pelotas em 1934 e morreu em abril deste ano em Porto Alegre. Chamada apenas de Lena pelos colegas, dirigiu vinte espetáculos — dez deles no Grupo Tear (1980-2002), companhia que fundou e cujas montagens marcaram as artes cênicas brasileiras. A artista colecionou prêmios nacionais, como o Troféu Mambembe e o Prêmio Governador do Estado de São Paulo por Crônica da Cidade Pequena (1984). Na capital gaúcha, as produções da trupe também ganharam vários Prêmios Açorianos e Tibicuera com destaque para Quem Manda na Banda (1981), Os Reis Vagabundos (1982) e Império da Cobiça (1987). Ela atuou ainda durante quase três décadas (1967-1994) como professora do Departamento de Arte Dramática da UFRGS. Sobre os palcos ou fora deles, foi uma mestra que influenciou gerações por meio de um trabalho marcado pela exigência, sensibilidade e criatividade. 

>> DIRETORA TEATRAL GANHOU BIOGRAFIA

  Em No Tear da História: Maria Helena Lopes, a pesquisadora e historiadora Juliana Wolkmer reuniu, em 204 páginas, um material riquíssimo fornecido pela família da encenadora, além de informações obtidas em entrevistas com a própria diretora e profissionais que trabalharam com ela. Com selo da Editora Libretos, o livro conta com 160 imagens, incluindo cartas e fotos das peças. A coordenação editorial e o design gráfico são de Clô Barcellos e a arte da capa é de Mitti Mendonça. A publicação custa R$ 70,00 e está à venda pela internet (www.libretos.com.br)

   A iniciativa prevê ainda a democratização e digitalização do acerco do Grupo Tear, o primeiro de um grupo de teatro a fazer parte dos Acervos Permanentes da Cultura — SEDAC/RS. O projeto tem o financiamento da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, Edital SEDAC nº 31/2024Memória e Patrimônio

>> SERVIÇO:

QUANDO: 10/12, quarta-feira, a partir das 10h. 

ONDE: Sala Qorpo Santo do Campus Central da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110 — Farroupilha, Porto Alegre).

QUANTO: gratuito

Maria Helena Lopes e o elenco de “Pazzia Senile”, de 1968 — crédito: arquivo pessoal

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