Música e inclusão: Sant’Ana do Livramento recebe show Teclas Sonoras no dia 8 de novembro

Contemplado no Concurso Sedac Pnab RS nº 32/2024, espetáculo comandado pelo acordeonista Fabiano Torres é gratuito e terá recursos de acessibilidade

Santana do Livramento (RS) será palco no dia 8 de novembro de 2025, sábado, do Show Teclas Sonoras, às 17h, no Sest Senat (Av. Intendente Altivo Esteves Freire, 1868 – Parque do Sol). Teclas Sonoras é um projeto de pesquisa e criação artística autoral do acordeonista, arranjador e compositor Fabiano Torres, natural e residente da cidade de fronteira Brasil-Uruguai.

O espetáculo reúne o trabalho de instrumentistas renomados como João Marcos Kelbouscas (gaita piano), João Paulo Deckert (bandoneon), Manuela Hernández (cantora), Mariana Airaudo (piano), Sabrina Antunes (vibrafone), Uiliam Michelon (acordeon cromático), além do próprio Fabiano (gaita de botão), e participações especiais.

 Mais do que um show, Teclas Sonoras é um espaço de valorização da produção musical gaúcha. Cada apresentação busca transformar a música em partilha, destacando a riqueza sonora e dos arranjos que ampliam a linguagem dos instrumentos de teclas e reforçam a identidade musical do Estado do Rio Grande do Sul.

O projeto também se destaca por seu caráter acessível e inclusivo. O show contará com intérpretes de libras especializados em tradução para espetáculos artísticos e, para o público com deficiência visual, os músicos realizarão autodescrições detalhadas do cenário, de si mesmos e das músicas apresentadas. A cenografia do show é de autoria do artista visual Paulo Corrêa, PcD (pessoa com deficiência).

“Esse projeto tem como propósito unir as pessoas em prol da arte”, resume Fabiano Torres. “O Teclas Sonoras vem acontecendo no formato de oficinas e encontros pelo RS, desde maio deste ano. Trabalhamos diretamente com pessoas com deficiência e tivemos uma troca muito boa com vários alunos. Agora, nos encaminhamos para o encerramento deste projeto com o show do dia 8 de novembro”, complementa.

O Tecla Sonoras será um momento também de celebração, das oficinas Aulas Shows que foram realizadas anteriormente na Associação Canoense de Deficientes Físicos – ACADEF, em Canoas (RS), cidade atingida pela enchente climática em maio de 2024, e na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Silvio Ribeiro – CAIC, em Livramento. Nesses encontros, Fabiano compartilhou seu processo criativo, aproximando o público do universo do acordeon e fomentando a descoberta da riqueza cultural do instrumento.

O projeto Teclas Sonoras é contemplado pelo Edital SEDAC nº 32/2024 PNAB RS – Música, e conta com o apoio de ACADEF, Caty Agropecuária, Com Propósito by Helena Brochado, Estâncias Gaúchas, Fernando Pieretti – Afinador de Acordeon, Lúcia Soares Netto F. – Dermatologia, Santa Rita do Jarau, Sest Senat – Santana do Livramento e Seara Imóveis Rurais. A produção executiva é assinada por Stephanou Cultural. O financiamento é do PRÓ Cultura e Governo do Estado do Rio Grande do Sul e a realização é do Ministério da Cultura e Governo Federal.

Serviço

O que: Show Teclas Sonoras em Sant’Ana do Livramento (RS)

Quando: Sábado, dia 8 de novembro de 2025, às 17h

Onde: Sest Senat (Av. Intendente Altivo Esteves Freire, 1868 – Parque do Sol)

Acesso gratuito, sujeito à lotação

Show contará com Intérpretes de Libras e autodescrição das atrações

Informações: @teclassonoras

Sobre os músicos:

Sobre Fabiano Torres

Fabiano Torres é santanense, acordeonista, arranjador e compositor atuante na cena musical do sul do Brasil, e considerado uma das grandes afirmações da gaita ponto. Iniciou seus estudos aos nove anos de idade com Leonel Gomez, Walter Vargas, Marcelo Nunes e Sandro Malcorra. Aos 12 anos entrou para o “Grupo Fronteira”, posteriormente o “Charla de Fronteira”. Em 2005, passou a integrar a banda acompanhante do cantor Joca Martins e mudou-se para Porto Alegre. 

Consequentemente gravou e foi a palco com muitos nomes da música regional a exemplo de Mauro Moraes, José Claudio Machado, Jairo ‘Lambari’ Fernandes, Marcelo Oliveira, Carlos Madruga, Luiz Marenco e outros. Desenvolveu o projeto instrumental “Música Criolla de Câmara’’ em duo com o músico uruguayo Patrício Echegoyen, com o qual apresentam suas próprias composições. Fabiano já conquistou prêmios de melhor instrumentista, conjunto instrumental e como compositor, pelos festivais que participa há mais de 19 anos.

Além dos festivais do Rio Grande do Sul, circulou em outros estados e países, principalmente Argentina e Uruguai. Seu trabalho como instrumentista e arranjador já é reconhecido pelas dezenas de álbuns de cantores regionais com quem gravou. Em 2013, também gravou o álbum instrumental “Ao Vivo en el Cine Parque del Plata” em Montevidéu, Uruguai, em duo com Patrício Echegoyen. Em maio de 2021, gravou o documentário “Sotaques de Fronteira” contemplado pelo Edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, da Fundação Marcopolo. Realizando um registro audiovisual de oito canções autorais, posteriormente foi selecionado no Festival Internacional de Cinema ClapperBoard Golden (SP) e Festival Corvo de Gesso de Jacareí (SP), ambos em 2022. Atualmente, trabalha na divulgação do seu mais recente álbum autoral de música instrumental Sotaques De Fronteira e está à frente do projeto Teclas Sonoras.

Sobre Sabrina Antunes

Sabrina Antunes é graduada em Percussão pela Universidade de Passo Fundo. Em sua trajetória como musicista atuou como percussionista em shows, gravações, concertos de música erudita e festivais nativistas. Atualmente desenvolve seu trabalho como docente de música no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, onde, além da sala de aula, coordena projetos de grupos musicais e bandas de fanfarra. Possui mestrado em Educação (2016), Bacharelado em Percussão (2013) e graduação em Licenciatura Plena em Música (2009), pela Universidade de Passo Fundo (UPF).

Atua como docente na área de Artes/Música no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Rolante. Fez parte do corpo docente do Curso de Graduação em Licenciatura em Música e do Curso de Especialização em Pesquisa Artística em Música da Universidade de Passo Fundo (UPF). Como bolsista integrante do Projeto de Internacionalização financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (FAPERGS), desenvolveu atividades referentes à sua pesquisa voltada à Robótica Livre como ferramenta didática para a aprendizagem de música na Università degli Studi Roma Trè UniRomaTrè (Itália, 2014). Coordenou o Núcleo de Educação à Distância (NEaD) do IFRS Campus Rolante (2018-2019). Atualmente é coordenadora do Núcleo de Arte e Cultura do IFRS campus Rolante (NAC).

Sobre Mariana Airaudo

Mariana Airaudo é uma destacada pianista especializada em música de câmara, originária de Montevidéu, Uruguai. Iniciou os estudos de piano aos cinco anos e formou-se no Conservatório Integral de Música em 2000, onde estudou sob a tutela de Mario Martínez e Victoria Schenini, obtendo o título de Professora de Piano e Solfejo. Em 2018, formou-se em Piano Performance pela Escola Universitária de Música de Montevidéu, estudando com Ana María Heguy, Carmen Navarro e Élida Gencarelli.

Entre 2014 e 2015, Mariana realizou estudos avançados em Música de Câmara e Acompanhamento na CODARTS, Universidade das Artes de Rotterdam (Holanda), sob a orientação de Roderigo Robles de Medina, Sander Sitting e Maarten Hillenius. Atualmente, conclui o Mestrado em Música de Câmara na Universidade Nacional de Rosário (Argentina), sob a direção de Fernando Pérez e Antonio Formaro. Mariana é uma educadora dedicada, ensina Música de Câmara e atua como pianista colaboradora na Escola Universitária de Música de Montevidéu. Ela também leciona na Escola Nacional de Arte Lírica da Sodre e na Orquestra Juvenil da Sodre. Além disso, é pianista contratada pela Orquestra Sinfônica Sodre e pela Orquestra Filarmônica de Montevidéu. 

O Teclas Sonoras também apresenta o Che Papusa Dúo, formado por Mariana e a cantora Manuela Hernández, dedicado a resgatar e reinterpretar o tango composto e cantado por mulheres do Uruguai e da Argentina, revelando criadoras que deixaram uma marca profunda na história e na poética do gênero.

Sobre João Marcos Kelbouscas

João Marcos Kelbouscas, gaiteiro, cantor e compositor. Traz em suas músicas uma essência galponeira, trazendo a realidade da gente de campo principalmente, exaltando os costumes e tradições gaúchas através das letras que retratam essa realidade. Tem dois CDs gravados, com praticamente todas as músicas sendo bem rodadas em todo Sul do Brasil e Norte do Uruguai, destacando sucessos como: Loco das Égua, Solito na Estância, Poncho Santo, De freio e pelego na mão, música esta que já ultrapassou um milhão de visualizações no YouTube. João Marcos Kelbouscas, também tem em seu canal do Youtube um documentário chamado “De estância em estância”, em que se dedica a registrar estâncias que ainda conservam o sistema e costumes de antigamente, contribuindo para divulgação e preservação da nossa cultura gaúcha, cenários e contextos esses que dão base para as músicas que canta.

Sobre Uiliam Michelon

Uiliam Michelon, 1º lugar na categoria solo do I Festival de Música Instrumental de Montenegro, iniciou os estudos de música em 1993. Frequentou as aulas de acordeon com renomados professores como João Maria Pinheiro da Rosa e Oscar dos Reis. Participou de master classes com o espanhol Gorka Hermosa, o francês Richard Galliano e o argentino Pablo Bentos, estando estes dentre os maiores acordeonistas da atualidade. Cursou a Cátedra Libre Astor Piazzolla (Elementos Técnicos da música de Astor Piazzolla), no Instituto Universitário Patagónico de las Artes (Argentina/EAD). Grava acordeon e atua como arranjador e diretor musical em grupos folclóricos e com diversos artistas regionais desde 2000.

Desenvolve desde o ano de 2011 trabalho voltado para a música instrumental, mesclando influências do folclore latino-americano, tango, jazz, música popular brasileira e música clássica, apresentando-se em diversos palcos brasileiros. Dentre os principais estão o Bento Jazz & Wine Festival, Gira Musical IEM/RS, Encontro Internacional de Acordeons do Rio de Janeiro, Flores Blues e Jazz Festival, Femucic em Maringá/PR, Coxilha Instrumental, Festival Vale da Música em Curitiba/PR, Rodeio Internacional de Vacaria, Festival Internacional da Gaita, Festival Brasileiro de Música de Rua, Circuito Instrumental de Porto Alegre, Fejacan em Jacarezinho/PR, Festival Tum Tum Instrumental em Caxias do Sul/RS, Femup em Paranavaí/PR e X Festival de Sanfoneiros de Feira de Santana/BA. 

Com o Uiliam Michelon Quarteto tem dois álbuns lançados: Uiliam Michelon Quarteto (2019) e “Caminar” (2024), ambos com ótima aceitação, tanto pelo público quanto pela crítica. No Teclas Sonoras, apresentará Uiliam Michelon Quarteto, formado em 2015 nos Campos de Cima da Serra, em Vacaria (RS). O grupo é uma vibrante vivência focada na música instrumental e nasceu com a missão de promover e incentivar a música autoral além dos grandes centros urbanos. Desde sua criação, o quarteto tem deixado sua marca na cena musical do sul do Brasil, encantando plateias com performances marcantes em diversos palcos. Além de Uiliam, que assume o acordeon e a direção musical, o grupo conta com Gleidson Dondoni na bateria, Rodrigo Ziliotto no baixo, e Rafael Diniz no violão e guitarra. Juntos, eles criam uma sonoridade única, que cativa e inspira, unindo técnica, emoção e uma forte conexão com suas raízes.

Sobre João Paulo Deckert 

João Paulo Deckert é Instrumentista, cantor e compositor, natural de Panambi (RS). Começou a tocar aos 11 anos de idade por influência de seu avô. Aos treze anos iniciou seus estudos com o mestre Oscar dos Reis. Mais tarde estudou com o uruguaio Carlito Magallanes. Aos 14 anos, gravou seu primeiro CD intitulado João Paulo Canta o Rio Grande, produzido por Oscar dos Reis. Aos 15 anos de idade, começou sua carreira profissional com projetos solos, em dupla e tocando em bandas de baile. João Paulo tem grande participação em festivais Nativistas do sul do país. Na sua trajetória nos festivais já ganhou prêmios como Melhor instrumentista, melhor melodia, melhor intérprete, música mais popular e outros.

Em 2023 venceu a 43ª Coxilha Nativista e a 45ª Califórnia da Canção Nativa, também recebeu o troféu Ronda dos Festivais de melhor música do ano de 2023. Em 2024 venceu o 37º Carijo da canção e a 44ª Coxilha Nativista, tornando-se o primeiro autor bicampeão da Coxilha Nativista. Recentemente, gravou um CD instrumental de Bandoneon dedicado a seu avô, que faz um resgate de músicas do folclore alemão. Também tem participações em CDs de grandes nomes da música gaúcha como Joca Martins, Marcelo Oliveira, André Teixeira e Quarteto Coração de Potro. Desde 2008, participa do encontro internacional de bandoneon, o “Bandoneonfest”, na cidade de Joinville (SC). Atualmente trabalha com projetos solos, em dupla e em Banda Baile.

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