13ª Galponeira de Bagé começa nesta quinta (30/10)

Luiz Marenco é uma das atrações desta quinta - crédito: Josias Gregol

Evento contará com show de Luiz Marenco e distribuirá mais de R$ 20 mil em prêmios

Com mais de R$ 20 mil em prêmios e shows de nomes consagrados, a 13ª Galponeira de Bagé começa nesta quinta-feira, 30 de outubro, e segue até sábado, 1º de novembro, no Largo do Centro Administrativo. Um dos mais importantes festivais de música nativista do Rio Grande do Sul, o evento celebra a cultura crioula e platina em três dias de apresentações, oficinas e disputa entre 14 composições inéditas selecionadas entre quase 500 inscritas do Brasil e do Mercosul.

Para o prefeito Luiz Fernando Mainardi, a Galponeira simboliza um tempo de reencontro entre Bagé e sua vocação cultural. Ele lembrou que o festival nasceu da força das pessoas que acreditam na arte como expressão do que somos. “A Galponeira tem esse sentido bonito de reunir gerações, de juntar quem compõe, quem toca e quem vem pra assistir. É um momento em que Bagé mostra o quanto a cultura segue viva e presente na vida do nosso povo”, destacou Mainardi.

O secretário de Cultura, Zeca Brito, ressaltou o trabalho conjunto das instituições de ensino e dos servidores municipais na construção do evento. “Foram meses de preparação para este que será o maior festival já realizado pela Prefeitura de Bagé. Unipampa, Urcamp, Instituto Municipal de Belas Artes, juntamente com os servidores da Prefeitura organizaram uma linda Galponeira, agora cabe à população comparecer e dar vida a essa festa da cultura gaúcha”, destaca Zeca Brito.

Destaques da Programação

A abertura oficial do evento está marcada para começar às 19h, na quinta-feira. Em seguida, acontece o show de Maria Luiza Benitez, às 20h. As apresentações das músicas concorrentes começam às 20h50, culminando com o show de Luiz Marenco, às 22h30. 

A sexta-feira, 31 de outubro, começa com a Oficina de violão campeiro com Marcello Caminha às 10h no Palacete Pedro Osório. À noite, a programação retorna ao Largo do Centro Administrativo, com show de Marcello Caminha, às 20h. A partir das 21h, acontece a segunda rodada de músicas concorrentes. O show do Quarteto Coração de Potro será às 22h30, e o dia encerra com o anúncio das 10 músicas classificadas para a final, marcado para ser realizado às 23h50. 

No sábado, 1º de novembro, a noite decisiva começa às 20h com o show da Fábrica de Gaiteiros, seguido pela apresentação das 10 músicas finalistas, a partir das 20h30. O grande show de encerramento, com Joca Martins, inicia às 22h10, com a cerimônia de Premiação marcada para às 23h30.

A Disputa e a Premiação

Foram selecionadas 14 composições inéditas entre 426 inscritas, vindas de 95 municípios do Brasil e Mercosul, entrarão na disputa. As composições serão apresentadas nas noites de quinta e sexta-feira e as dez melhores serão selecionadas para a grande final de sábado.

Cada uma das 14 obras classificadas para a Galponeira já assegura um incentivo de R$ 3.000,00. A competição segue uma regra essencial, exigindo que os grupos subam ao palco devidamente pilchados. Além do incentivo inicial, o festival distribuirá mais de R$ 20.000,00 em prêmios, com o primeiro lugar ganhando R$ 8.000,00, o segundo R$ 5.000,00 e o terceiro R$ 3.000,00. Há também prêmios individuais de R$ 1.000,00 para as categorias de Melhor Letra, Melhor Melodia, Melhor Arranjo, Melhor Instrumentista e Melhor Intérprete. Além disso, o público será responsável por eleger a Música Mais Popular.

A realização da Galponeira é viabilizada por uma emenda parlamentar de R$ 300 mil, destinada pela Deputada Federal Denise Pessôa, presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. A organização é da Secretaria Municipal de Cultura, com o apoio da Associação dos Amigos do Imba (Amimba), Urcamp e Unipampa.

Principais Atrações

Luiz Marenco (Show – 30/10)

Com quase 30 anos de carreira, 25 obras e prêmios como o Troféu Vitória e o Prêmio Açorianos, Luiz Marenco é uma das vozes mais requisitadas do Brasil. Seu canto está intimamente ligado à terra, valores e costumes do povo gaúcho. Consagrado por sucessos como “Quando o Verso Vem Pra Casa”, Marenco já levou sua arte a diversos estados brasileiros e países do Mercosul, além de ter participado da minissérie “A Casa Das Sete Mulheres” (TV Globo, 2003).

Maria Luiza Benitez (Show – 30/10)

Conhecida carinhosamente como Malu, Maria Luiza Benitez é uma das vozes mais importantes e pioneiras da música gaúcha, com mais de 50 anos de carreira iniciada em Bagé. Radialista, cantora, compositora e historiadora, ela é uma figura consagrada, tendo recebido honrarias como a medalha do “Mérito Farroupilha” e o troféu “Mulher Farroupilha”.

Marcello Caminha (Oficina e Show – 31/10)

Natural de Bagé, o músico e professor Marcello Caminha é um dos grandes nomes do violão nativista. Com 14 álbuns na discografia e múltiplos Prêmios Açorianos, ele é pioneiro na área educacional da música gaúcha. No dia 31, ele oferece uma Oficina de Violão Gaúcho gratuita, às 10h, no Palacete Pedro Osório, e à noite sobe ao palco do Largo do Centro Administrativo para um show.

Quarteto Coração de Potro (Show – 31/10)

Formado em Lages/SC, o Quarteto Coração de Potro é referência na música nativista por seus arranjos vocais e instrumentais, mesclando o tradicionalismo gaúcho com influências do folclore latino-americano (Zitarrosa, Los Índios Tacunau). Com mais de 50 troféus em festivais importantes como a Califórnia da Canção Nativa, o grupo possui um dos shows mais requisitados do cenário.

Fábrica de Gaiteiros (Show – 01/11)

Os alunos da Fábrica de Gaiteiros, projeto idealizado por Renato Borghetti, farão uma apresentação especial no último dia do evento. O projeto, com o apoio da Secretaria de Cultura, oferece aulas gratuitas de gaita-ponto para crianças e adolescentes, sendo fundamental na formação musical e cultural de jovens em todo o estado.

Joca Martins (Show de Encerramento – 01/11)

Com 38 anos de carreira, Joca Martins é reconhecido por sua autenticidade na interpretação crioula. Vencedor de prêmios como o Troféu Guri (2017) e o Prêmio Açorianos de Melhor Intérprete (2012), ele coleciona sucessos como “Se Houver Cavalo Crioulo” e “Domingueiro”. Atualmente, está em turnê com o álbum “De Luzeiros e Saudades”.

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