A primeira Marcha das Vadias de Pelotas ocorreu em março de 2012, a segunda no final de 2013. E esse ano voltará a acontecer dia 7 de dezembro, domingo, com concentração na praça Dom Antônio Zattera, na Av. Bento Gonçalves, a partir das 13:00 horas.
A marcha contou com uma série de atividades prévias, como debates, aulas públicas, panfletagem e rodas de conversa. No dia 6 de dezembro, sábado, no calçadão, será realizada a última oficina prévia a marcha, para a confecção de cartazes, camisas, teatro do oprimido e intervenções.
Venha ocupar as ruas com cores, cartazes, batuque e força por um mundo em que sejamos humanamente diferentes e totalmente livres!
A Marcha das Vadias originou-se em Toronto, Canadá, no ano de 2011. Foi uma resposta do movimento de mulheres locais ao policial canadense Michael Sanguinetti que, em evento público sobre violência sexual, sugeriu que as “mulheres evitassem se vestir como vadias para que não fossem vitimizadas”. A reação de indignação foi imediata, esse pensamento transfere a culpa da agressão sexual para a vítima e, assim, a manifestação se internacionalizou, ganhou as ruas de vários lugares do mundo e, hoje, o movimento se apropriou da força polêmica da palavra “vadia”. “Se ser livre é ser vadia, então somos todas vadias!”. Nossos polêmicos corpos à mostra escancaram a busca pelo fim da opressão. Chocamos a população? Sim. O nosso propósito e o grande questionamento que levamos para as ruas é: Por que o termo vadia é mais chocante do que os números da violência contra a mulher?
Evento no facebook.
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.