Dois curtas produzidos na UFPel são indicados ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2020


Céu da Boca - Frame
As animações “Só Sei que foi Assim” de Giovanna Muzel e “Céu da Boca” de Amanda Treze estão entre os 61 curtas indicados no primeiro turno do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Todos os curtas indicados podem ser vistos online e gratuitamente no site Porta Curtas.
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Considerado o prêmio mais importante do cinema brasileiro, o Grande Otelo, como também é conhecido, é outorgado anualmente pela Academia Brasileira de Cinema. Por causa da pandemia do novo coronavírus, ainda não há data marcada para a cerimônia deste ano.
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A premiação possui três categorias de curta-metragem, separando animação, documentário e ficção, com cinco indicados em cada uma delas. Com isso, dos 61 inicialmente selecionados, 15 curtas passam para as indicações finais. Os dois curtas produzidos na UFPel concorrem na categoria curta metragem animação.
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Além dos curtas, o Prêmio escolhe os melhores longas nas categorias Ficção, Documentário, Animação e Infantil. Também premia melhor direção, roteiro, ator, atriz e outras categorias técnicas.
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Em Melhor Longa Metragem Ficção, a lista dos previamente indicados é composta por 75 filmes produzidos recentemente no cinema nacional, entre eles: Bacurau, Morto Não Fala, A Vida Invisível, Simonal e Domingo. Confira as listas completas de indicados ao primeiro turno do GP no site da Acadêmia.
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Só sei que foi assim – Frame 1

Só Sei que foi Assim
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O curta de Giovanna foi produzido como seu trabalho de conclusão de curso em 2018. Na sequência, o filme ganhou o Brasil e o mundo participando de uma série de mostras e festivais, como Festival Universitário de Cinema de Brasília, Goiânia Mostra Curtas, YOUKI Festival, Prime The Animation! New Talent International e Anima Mundi. Em agosto do ano passado, “Só Sei que foi Assim” foi o grande vencedor da Mostra Gaúcha de Curtas Metragens do Festival de Gramado, levando o troféu de Melhor Filme pelo júri oficial e pelo Júri da Crítica. (Saiba mais)

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Formada no curso de bacharelado em cinema de animação da UFPel, Giovanna, que atualmente mora na cidade de Taquari, comenta que “Só Sei que foi Assim” lhe abriu muitas portas. “No momento estou trabalhando em dois projetos com pessoas que conheci Brasil afora nos festivais”, afirma. Apesar do reconhecimento, ela ainda enfrenta algumas dificuldades de um mercado de trabalho marcado por salários baixos e de pouca estabilidade. De momento, a jovem cineasta toca seus projetos de forma independente.
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Sinopse: Quando Santiago encontra um livro falando sobre a selva e como é a vida lá, ele decide que está na hora de finalmente agir como um tigre. Junto com sua amiga Julia, jovem adulta que costuma literalmente perder pedaços de si, ele parte em uma jornada até a selva. Durante essa aventura eles confrontam suas inseguranças e encontram algumas das forças que possuem.
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Céu da Boca – Frame

Céu da Boca
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A exemplo de “Só Sei que foi Assim”, o curta de Amanda Treze também foi um trabalho de conclusão no mesmo curso da UFPel. Concluído no ano seguinte, o trabalho também já coleciona passagens por eventos como Festival de Cinema Meio do Mundo, Festival Sergipe de Audiovisual e Anima Mundi. Amanda também produz tirinhas e já publicou duas zines de forma independente, “É Por Isso Que Roo Unhas” e “Crie como uma Garota”.

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Em 2018, ela dirigiu o curta “Minha Barriga em 3 Atos”, que conta com direção de arte de Giovanna. As duas também trabalharam juntas recentemente no curta “Ressaca”, premiado no Festival do Minuto.
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Sinopse: Mari está se tornando um rinoceronte. Para ela essa transmutação é um sinal de que se tornou uma má pessoa. Nesse cenário, a protagonista entra em um processo de autoanálise ao se questionar sobre ser uma pessoa ruim em meio a tais processos metamórficos.
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