Documentário indígena “Bicicletas de Nhanderú” terá sessão sessão gratuita na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre

Após a exibição, haverá debate com a presença dos diretores — crédito: Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema

   O aclamado documentário Bicicletas de Nhanderú terá exibição gratuita no dia 2 de setembro, terça-feira, às 19h, na Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 — Centro Histórico de Porto Alegre). Com duração de 45 minutos, o filme é uma imersão na espiritualidade e na cultura dos Mbyá-Guarani, da aldeia Koenju, em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. Após a sessão, haverá um debate com a presença dos diretores Ariel Ortega e Patrícia Ferreira. Os ingressos serão distribuídos na bilheteria a partir de uma hora antes da projeção. 

   A atividade integra a edição especial do Vagalume – Laboratório de Estudos em Audiovisual e Educação, do Programa de Alfabetização Audiovisual. Esse modulo irá abordar o trabalho desenvolvido pelo Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema. Fundado em 2007,o grupo produz obras que circulam amplamente em festivais nacionais e internacionais, como a Berlinale (Festival de Cinema de Berlim), e em eventos acadêmicos e culturais ao redor do mundo. São produções que expõem temas como a luta territorial nas regiões das Missões, a preservação da cultura guarani e a resistência dos povos originários diante dos desafios impostos pela sociedade não-indígena. 

   — A sessão comentada tem como objetivo dar visibilidade ao trabalho do grupo que é um dos coletivos de cineastas indígenas mais longevo do Brasil. Nosso desejo é que os professores e estudantes conheçam mais o cinema deles para que possam desenvolver projetos em sala de aula, estudar a cultura Mbyá-Guarani, suas lutas históricas e, ao mesmo tempo, conhecer o cinema deles que possui uma linguagem única e bastante inventiva — explica Juliana Costa, coordenadora do Programa de Alfabetização Audiovisual.

    Em outubro, Ariel Ortega e Patrícia Ferreira irãopercorrer cinco escolas públicas da capital gaúcha para conversar com estudantes sobre os filmes, modos de produção cinematográfica, cultura, luta política e territorial. O objetivo é fortalecer a presença do cinema indígena nos espaços formativos, promovendo o diálogo intercultural, o reconhecimento das epistemologias indígenas e a valorização de outras formas de ver, viver e narrar o mundo. 

     — O trabalho de itinerância acontecerá em escolas que foram mapeadas pelo Programa de Alfabetização Audiovisual no sentido de realizarem projetos relevantes de cultura indígena ou com cinema. Os professores irão trabalhar com os estudantes em sala de aula sobre a produção cinematográfica do coletivo. E, em outubro, os cineastas visitarão os colégios para conversar com a comunidade escolar — complementa Juliana Costa.

>> O PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO AUDIOVISUAL

   Desde 2008, o Programa de Alfabetização Audiovisual busca qualificar as relações entre cinema e educação, desenvolvendo atividades de exibição de filmes a estudantes e professores, ações de formação docente, além de assessorias a escolas, publicação de livros, seminários, oficinas e workshops. 

  A iniciativa é uma ação realizada em uma parceria entre a Cinemateca Capitólio — Prefeitura Municipal de Porto Alegre e a Faculdade de Educação — Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O Laboratório Vagalume – edição especial é realizado conjuntamente com a Associação de Amigos e Amigas da Cinemateca Capitólio (AAMICCA) e conta com o financiamento da Lei Aldir Blanc.

>> SERVIÇO:

QUANDO: 02/09, terça-feira, às 19h.

ONDE: Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 — Centro Histórico de Porto Alegre)

QUANTO: gratuito com distribuição de senhas a partir das 18h.

Filme foi rodado na aldeia Koenju, em São Miguel das Missões — crédito: Coletivo Mbyá-Guarani de Cinema

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