Iniciativa reuniu alunos dos cursos de informática e técnicos em edificações com palestra, visita guiada e atividade prática
Viver a experiência do patrimônio é uma forma de preservá-lo. Com esse viés, alunos do IFSul de Jaguarão participaram no sábado (8) das atividades de educação patrimonial que integram o processo de restauração da Igreja Imaculada Conceição. Os estudantes dos cursos de Informática e Técnico de Edificações foram orientados pela arqueóloga Marta Bonow e a antropóloga Liza Bilhalva, dentro do projeto coordenado pela Perene Patrimônio Cultural.
Inicialmente o grupo participou de uma palestra dialogada, onde foi abordada a história da igreja, inaugurada em 1913 e que integra o Conjunto Histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) no município. A historiadora Suélen Medeiros compartilhou informações da pesquisa histórica sobre o templo, idealizado por Minervina Carolina Corrêa e que teve sua pedra fundamental lançada em 8 de dezembro de 1903, dia do calendário católico dedicado a Nossa Senhora da Conceição ou Imaculada Conceição. “Detalhamos a importância do patrimônio material e imaterial como forma de fortalecimento da identidade da comunidade, preservando sua memória e fortalecendo a cultura”, observa Marta.
Para compreender a dimensão das ações de preservação, o grupo fez uma visita pelos espaços da igreja, conhecendo em detalhes as etapas da obra de restauração do forro de estuque, que utiliza técnicas artesanais. Na sequência, uma atividade prática permitiu que os jovens traduzissem o que viram a partir da criação de peças com recortes e pinturas, tendo como base as madeiras que anteriormente serviram de escoras na obra.
Para a professora do IFSul, Cláudia Larossa, a experiência foi gratificante. “Essas experiências são muito gratificantes para os alunos e a cada oficina eles saem mais enriquecidos porque a prática permite ampliar ainda mais o conhecimento”, destaca. O aproveitamento de materiais permite a união da preservação patrimonial e ambiental.
Enquanto as obras acontecem, as ações de educação patrimonial são mantidas com grupos da catequese, Unipampa, IFSul e a comunidade em geral, durante o Dia do Patrimônio. Desde abril a equipe multidisciplinar coordenada pela arquiteta Simone Neutzling atua em diversas frentes na execução dos trabalhos. O projeto tem o custo de R$ 1,2 milhão e acontece com recursos do Pró-Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
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