Um daqueles armazéns de época em Pelotas


Um espaço de convivência que remete ao passado (foto: Divulgação)

Aberta há dois anos, a Casa surgiu como fruto da paixão pela gastronomia e pelas antiguidades.

Por Calvin Cousin

As antigas vendas e armazéns tinham um interessante papel na dinâmica social da localidade em que estavam inseridas. Nelas, além de obterem produtos para seu cotidiano, os clientes interagiam uns com os outros, colorindo aqueles espaços com histórias e lembranças que podem despertar uma nostalgia desmedida. Pontos com tal finalidade talvez tenham entrado em extinção no cenário urbano, mas eis que existe, na esquina das ruas General Osório com Pinto Bandeira, a Casa Bender, que invoca a ideia de um armazém antigo.

Um espaço pequeno, de fachada rústica, a venda é repleta de objetos vintage que reforçam a aura nostálgica: rádios, geladeiras, balanças e baleiros antigos, uma máquina registradora que já foi de um armazém e um balcão que já foi de uma chapelaria. As prateleiras exibem azeites, cervejas (muitas artesanais), sucos em garrafas de vidro, vinhos, temperos, potes de conservas e queijos, enquanto salames e carnes pendem do teto. Aberta há dois anos, a Casa surgiu como fruto da paixão pela gastronomia e pelas antiguidades que seu proprietário, Fabrício Bender, nutre.

Um espaço de convivência que remete ao passado (foto: Divulgação)
Um espaço de convivência que remete ao passado (foto: Divulgação)

Originalmente um espaço para a venda de produtos gastronômicos de qualidade, o estabelecimento se tornou um local aonde os clientes iam para consumir dentro da própria Casa, fossem bebidas, sanduíches, tábuas de frios ou outros alimentos. Graças ao espaço enxuto, se fez necessária uma ampliação para atender a demanda e, dessa forma, recentemente o armazém abriu um espaço de convivência no outro lado da rua. “Surgiu a oportunidade de, na casa da frente, abrirmos um segundo espaço, então conseguimos dar essa separada. Aqui ficou a venda dos produtos e lá, o consumo” conta Fabrício. O espaço de convivência, consideravelmente maior que o armazém, conta com diversas torneiras de chope e mesas dispostas na calçada em frente, com a ideia de resgatar sentimentos e tradições que ficaram no passado, além de fazer com que os clientes tenham maior contato com os funcionários e que se sintam satisfatoriamente atendidos. “Estamos abrindo um leque muito grande para aqueles que querem fazer algo diferenciado, que amam gastronomia, que gostam de cervejas artesanais e de vinhos de qualidade.”

Além do serviço de restaurante e venda, a Casa já realizou três edições de cursos de cerveja artesanal e participou de feiras de comida de rua, individuais e com parceiros em eventos maiores – como foi o caso das três edições que participou do Beer&Food. A Casa também já abriu suas portas para um evento da Harley-Davidson, empresa de motocicletas, e eventualmente conta com música ao vivo em seu espaço de convivência, dando preferência para o blues e artistas da região.

Abusando de recortes do passado que despertam familiaridade em qualquer visitante que tenha frequentado legítimas vendas antigas ou não, a Casa Bender tem a proposta, assim como suas antecessoras, de ser um espaço aconchegante e de interação entre os clientes: “A ideia é que as pessoas venham e se sintam acolhidas. Têm que chegar, curtir e se sentir em casa.”

Casa Bender – armazém de secos e molhados
Endereço: Rua General Osório, 1250
Horário de funcionamento: De segunda a sábado, das 9h ao meio dia e das 15h às 21h. Fecha aos domingos.
Contato: Pelo site casabender.com.br

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14264149_830693777030502_5101510297978826840_nCalvin Cousin é estudante no sexto semestre de Jornalismo na UFPel. Não acredita em horóscopo, mas é aquariano com Vênus em Peixes.

 

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